domingo, 17 de maio de 2015

206 - Intérpretes do Brasil: Clássicos, rebeldes e renegados


"Clássicos, rebeldes e renegados" é o subtítulo de Intérpretes do Brasil, livro que os professores de História da USP Luiz Bernardo Pericás e Lincoln Secco organizaram para traçar um amplo panorama do pensamento crítico político-social brasileiro dos séculos XX e XXI. São ao todo 27 estudos e ensaios escritos por reconhecidos especialistas acadêmicos que se debruçaram sobre a vida e a obra de alguns dos principais intérpretes da história e da cultura no Brasil. "Acreditamos que este livro é um aporte importante sobre vários intelectuais emblemáticos e suas teorias. Para isso, pudemos contar com a generosa colaboração de diversos estudiosos que se dispuseram a escrever sobre esses pensadores do Brasil.", enfatizam os organizadores.
Para o historiador Herbert S. Klein, professor emérito das universidades de Columbia e Stanford, o volume a ser publicado pela Boitempo constitui um manual básico para os estudos de história intelectual e da história moderna do Brasil. "A coleção de ensaios Intérpretes do Brasil representa um guia fundamental para o entendimento dos mais influentes pensadores brasileiros do século XX", afima.
Os autores escolhidos compõem um amplo e rico panorama dos pensamentos social e historiográfico nacional da década de 1920 até o começo dos anos 1990, alguns dos quais muito pouco discutidos em outras obras do gênero. A seleção traz alguns pensadores já clássicos, mas em abordagens inovadoras, como Antonio Candido, Caio Prado Júnior, Celso Furtado, Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda, entre outros representantes da intelligentsia nacional.
O mérito maior da obra, no entanto, é que os organizadores também trazem para o centro do debate figuras que estavam de certo modo à sombra, a despeito de seu importante papel histórico. Entre os renegados, normalmente esquecidos como pensadores do Brasil, ora por não se enquadrarem nos cânones, ora por serem contrários à abordagem majoritária, estão homens pioneiros como Octávio Brandão, Heitor Ferreira Lima, Astrojildo Pereira, Leôncio Basbaum, Rui Facó, Luís da Câmara Cascudo e Everardo Dias.
Também são contemplados autores mais “novos” e menos compendiados, como os heterodoxos e brilhantes Maurício Tragtenberg, Jacob Gorender, Ruy Mauro Marini, Milton Santos, o laborioso Edgard Carone e ainda personalidades da importância histórica de Paulo Freire e Ignácio Rangel.
Como lembra o historiador Carlos Guilherme Mota, na orelha do livro, cada geração analisa e “redescobre” o Brasil, interpretando o processo de nossa formação dentro das condições e debates de sua época, porém poucos vão além, como fizeram os organizadores Luiz Bernardo Pericás e Lincoln Secco. “Verifica-se nesta obra uma significativa abertura de foco dos estudos sobre o pensamento brasileiro, não apenas em termos geracionais como também na variedade de visões teóricas e abordagens pronunciadamente ideológicas”, afirma Mota. “Este livro, portanto, vem ampliar de modo crítico e significativo os horizontes e o debate histórico-historiográfico nesta quadra difícil de nossa história, tão marcada por ambiguidades, desacertos e, já agora, também por profundas revisões para uma retomada rumo a um futuro melhor.”
Páginas 416
Ano de publicação 2014
Boitempo Editorial



Lincoln Secco, professor do Departamento de História da USP, é autor, entre outros, dos livros Gramsci e o Brasil (Cortez, 1995), A Revolução dos Cravos (Alameda, 2005) e Caio Prado Júnior (Boitempo, 2008). É também colunista do Blog da Boitempo.


Fonte: http://www.boitempoeditorial.com.br/

quarta-feira, 13 de maio de 2015

205 - V Congresso da ANPTECRE - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM TEOLOGIA E CIÊNCIAS DA RELIGIÃO



Participações confirmadas
Grupos Temáticos e Sessões Temáticas

Remí Klein, EST - CIÊNCIAS DA RELIGIÃO E CURRÍCULO
José Luiz Izidoro, UMESP - Linguagem e literatura sagrada como memória e sentidos das comunidades cristãs Primitivas
Paulo Augusto de Souza Nogueira, UMESP - O texto religioso e seu poder de modelização da realidade
José Adriano Filho, UNIDA - Atos Apócrifos: Subversão para com o Império
Elias Wolff, PUCPR - O intercâmbio espiritual como eixo do diálogo das religiões
David Rubens de Souza, UFSCAR - MARTIN HEIDEGGER E RUDOLF BULTMANN: SOBRE A INVENÇÃO DA DESMITOLOGIZAÇÃO
Frederico Pieper, UFJF - Os limites da secularização. Religião, humor e censura em A vida de Brian
Jung Mo Sung, UMESP - Fetiche da mercadoria e a noção de “capitalismo como religião” no pensamento de Hugo Assmann no início da Teologia da Libertação
Rudolf von Sinner, EST - ESTADO E RELIGIÃO NA ALEMANHA E NO BRASIL
Etienne Alfred Higuet, UEPA - A SUPERAÇÃO DO TEÍSMO COMO CONTRIBUIÇÃO PARA O PLURALISMO ESPIRITUAL E A TOLERÂNCIA RELIGIOSA. REFLEXÕES A PARTIR DE PAUL TILLICH
Cássio Murilo Dias da Silva, PUCRS - A função didática do tonto no livro de Qohelet
José Ademar Kaefer, UMESP - A arqueologia e os novos paradigmas bíblicos
Matthias Grenzer, PUCSP -  A sintaxe do verbo hebraico. Um estudo exemplar de Ex 5
Irineu J. Rabuske, PUCRS - A Dupla Transmissão de Textos na Fonte Q e no Evangelho de Marcos
Osvaldo Luiz Ribeiro, UNIDA - Das alegadas três raízes de bara’ na Bíblia Hebraica
Luiz José Dietrich, PUCPR - Tradução, doutrinas e violência
Ney Brasil Pereira, FACASC - “NÃO ME TOQUES” OU “NÃO ME BUSQUES”? Uma nova tradução de Jo 20,17?
Valmor da Silva, PUCGO - O rei que julga os fracos com verdade firmará o seu trono para sempre
Luiz Alexandre Solano Rossi, PUCPR - Perspectivas imperiais no primeiro século

INFORMAÇÕES: http://anptecre.pucpr.br/

Tradução: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. parte do artigo 1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos.