segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

49 - Leonardo Boff: No princípio está a comunhão, não a solidão



Escrevíamos anteriormente que Deus é mistério em si mesmo e para si mesmo. Para os cristãos trata-se de um mistério de comunhão e não de solidão. É a Santíssima Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. A ortodoxia afirma: há três Pessoas e um só Deus. É possível isso? Não seria um absurdo 3=1? Aqui tocamos naquilo que os cristãos subentendem quando dizem "Deus”. É diferente que o absoluto monoteísmo judeu e muçulmano. Sem abandonarmos o monoteísmo, faz-se mister um esclarecimento desta Trindade.
O três seguramente é um número. Mas não como resultado de 1+1+1=3. Se pensarmos assim matematicamente, então Deus não é três; mas, um e único. O número três funciona como um símbolo para sinalizar que sob o nome Deus há comunhão e não solidão, distinções que não se excluem mas que se incluem, que não se opõem mas se compõem. O número três seria como a auréola que colocamos simbolicamente ao redor da cabeça das pessoas santas. Não é que elas andem por ai com essa auréola. Para nós é o símbolo a sinalizar que estamos diante de figuras santas. Assim ocorre com o número três.
Com o três dizemos que em Deus há distinções. Se não houvesse distinções, reinaria a solidão do um. A palavra Trindade (número três) está no lugar de amor, comunhão e inter-retro-relações. Trindade significa exatamente isso: distinções em Deus que permitem a troca e a mútua entrega de Pai, Filho e Espírito.
A rigor, como já viu o gênio de Santo Agostinho, não se deveria falar de três Pessoas. Cada Pessoa divina é única. E os únicos não se somam porque o único não é número. Se disser um em termos de número, então não há como parar: seguem o dois, o três, o quatro e assim indefinidamente. Kant erroneamente entendeu assim e por isso rejeitava a ideia de Trindade. Portanto o número três possui valor simbólico e não matemático. O que ele simboliza?
C. G. Jung nos socorre. Ele escreveu longo ensaio sobre o sentido arquetípico-simbólico da Trindade cristã. O três expressa a relação tão íntima e infinita entre as diversas Pessoas que se uni-ficam, quer dizer, ficam um, um só Deus.
Mas se são três Únicos, não resultaria no triteísmo, vale dizer, três Deuses em vez de um: o monoteísmo? Isso seria assim, se funcionasse a lógica matemática dos números. Se somo uma manga+uma manga+uma manga, resultam em três mangas. Mas com a Trindade não é assim, pois estamos diante de outra lógica, a das relações interpessoais. Segundo esta lógica, as relações não se somam. Elas se entrelaçam e se incluem, constituindo uma unidade. Assim, pai, mãe e filhos constituem um único jogo de relações, formando uma única família. A família resulta das relações inclusivas entre os membros. Não há pai e mãe sem filho, não há filho sem pai e mãe. Os três se uni-ficam, ficam um, uma única família. Três distintos; mas, uma só família, a trindade humana.
Quando falamos de Deus-Trindade entra em ação esta lógica das relações interpessoais e não dos números. Em outras palavras: a natureza íntima de Deus não é solidão; mas, comunhão.
Se houvesse um só Deus reinaria, de fato, a absoluta solidão. Se houvesse dois, num frente a frente ao outro, vigoraria a distinção e, ao mesmo tempo, a separação e a exclusão (um não é o outro) e uma mútua contemplação. Não seria egoísmo a dois? Com o três, o um e o dois se voltam para o três, superam a separação e se encontram no três. Irrompe a comunhão circular e a inclusão de uns nos outros, pelos outros e com os outros, numa palavra: a Trindade.
O que existe primeiro é a simultaneidade dos três Únicos. Ninguém é antes ou depois. Emergem juntos sempre se comunicando reciprocamente e sem fim. Por isso dizíamos: no princípio está a comunhão. Como consequência desta comunhão infinita resulta a união e a unidade em Deus. Então: três Pessoas e um só Deus-comunhão.
Não nos dizem exatamente isso os modernos cosmólogos? O universo é feito de relações e nada existe fora das relações. O universo é a grande metáfora da Trindade: tudo é relação de tudo com tudo: um uni-verso. E nós dentro dele.

[Teólogo e filósofo, autor de A Trindade é a melhor comunidade, Vozes 2009].

Fonte: Notícias Adital



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RUBENS, David. Leonardo Boff: No princípio está a comunhão, não a solidãohttp://biblicoteologico.blogspot.com.br/2015/01/charles-harold-dodd-escatologia.html. Acesso em: _____________.


48 - Ecumênismo




Para muitos, o ecumenismo é apenas a reunião de determinadas igrejas cristãs que se toleram em alguns pontos de fé. Para outros, ecumenismo é, de fato, um bonito ideal, mas que nunca será alcançado. Porém, muito mais que a reunião de igrejas, e bem mais que um mero ideal, o ecumenismo é a concretização da prática cristã alicerçada no amor, aquele sentimento que “nunca falha” 1 Cor. 13:8. 
E é bom que seja o amor o maior propulsor da causa ecumênica, pois sem ele, tudo seria como “metal que soa ou sino que tine”, parafraseando mais uma vez o grande apóstolo Paulo. Mas como o amor é chama e, posto que é chama, deve ser sempre alimentado, cuidado, acalentado, iniciativas em prol da promoção desse amor chamado “ecumenismo” são sempre interessantes, e pra lá de bem vindas! 
Mas aí você se pergunta: Como promover o ecumenismo e, de certa forma, espalhar esse amor? Simples, o ecumenismo se concretiza na caridade ao próximo, mesmo que este próximo sequer tenha uma fé; se concretiza nas ações amorosas do cotidiano, no diálogo fraterno com irmãos cristãos e não-cristãos, e também na promoção de ações que levem dignidade à pessoa humana, seja por meio de projetos ou, arrisco dizer, por um simples sorriso de “bom dia”, ou “muito obrigado”, ou “fique na paz”...


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sábado, 19 de janeiro de 2013

47 - Leituras no Pentateuco: uma introdução


Leituras no pentateuco. por. david rubens from David Rubens

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RUBENS, David. Leituras no Pentateuco: uma introduçãohttp://biblicoteologico.blogspot.com.br/2015/01/charles-harold-dodd-escatologia.html. Acesso em: _____________.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

46 - Estudos no Livro dos Salmos.

No Caminho com os Salmos. Introdução





No Caminho com os Salmos. Cap. 1.


No Caminho com os Salmos. Cap. 2.


No Caminho com os Salmos. Cap. 3.






No Caminho com os Salmos. Cap. 4.






Estudos no livro dos salmos. cap. 5. david rubens from David Rubens

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RUBENS, David. Estudos no Livro dos Salmos. http://biblicoteologico.blogspot.com.br/2015/01/charles-harold-dodd-escatologia.html. Acesso em: _____________.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

45 - Milton Schwantes - In Memorian


Livros. milton schwantes. por. david rubens from David Rubens


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terça-feira, 1 de janeiro de 2013

44 - Morreu o Bíblista Gilberto Gorgulho



Morreu no dia 26 de dezembro, às 6h20, frei Gilberto da Silva Gorgulho, aos 79 anos de idade. O corpo está sendo velado na Igreja São Domingos, na Rua Caiubi, 164, nas Perdizes, São Paulo. O cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, preside missa de corpo presente, hoje às 19h00. Amanhã, 27, haverá outra missa às 6h45. Às 8h00 o corpo segue para o Cemitério Santíssimo Sacramento, Avenida Doutor Arnaldo, 1200.
Frade dominicano, nasceu em Cristina - MG, na diocese de Campanha, em 9 de julho de 1933. Frei Gorgulho fez seus estudos de exegese na École Biblique et Archéologique Française de Jérusalem.
Formou gerações no pós-concilio na fidelidade ao espírito da “Dei Verbum”, sempre trabalhando com a exegeta norte-americana Anne Florence (Ana Flora) Anderson. Além de suas muitas publicações, vale lembrar que, junto com Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson, Gorgulho coordenou a tradução da Bíblia de Jerusalém para o português.
Lecionou em vários institutos e faculdades de Teologia de São Paulo. Nos últimos anos esteve ligado ao programa de pós-graduação de Ciências da Religião da PUC-SP.
Gorgulho foi um dos colaboradores do cardeal dom Paulo Evaristo Arns, então arcebispo de São Paulo, na assistência aos frades dominicanos presos durante o regime militar.

Fontes: Arquidiocese de São Paulo - O Estado de S. Paulo


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Tradução: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. parte do artigo 1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos.